quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Sangue de Boi, Tiê sangue

Tiê-sangue

Espécie endêmica do Brasil.
Ave símbolo da Mata Atlântica. Uma das mais espetaculares aves do mundo. O tiê-sangue (Ramphocelus bresilius), também conhecido como sangue-de-boi, tiê-fogo, chau-baêta e tapiranga, é uma ave sul-americana passeriforme da família Thraupidae. Reconhecida pela beleza de sua plumagem vermelha.

Características

A plumagem do macho é de um vermelho-vivo, que lhe deu origem ao nome. Parte das asas e da cauda são pretas. A espécie apresenta dimorfismo sexual, sendo a plumagem da fêmea menos vistosa, de cor parda nas partes superiores e marrom-avermelhada nas inferiores.

tiê-sangue macho

tiê-sangue fêmea








O macho imaturo é semelhante à fêmea na plumagem mas o bico é totalmente negro e não pardo. Uma característica importante do gênero Ramphocelus, e que ocorre exclusivamente no sexo masculino, é a calosidade branca reluzente na base da mandíbula.

tiê-sangue jovem
Apesar da beleza da plumagem, essa espécie não é considerada entre as que possuem canto mais bonito. A vocalização de chamada (ou advertência) é muito dura. O canto é um gorjear melodioso e trissilábico, que costuma ser repetido sem pressa. Às vezes, alguns indivíduos vocalizam juntos.
Pesa cerca de 31 gramas e mede 19 centímetros de comprimento.

Subespécies

Possui duas subespécies:
Ramphocelus bresilius bresilius - Dorso vermelho brilhante, sem estrias negras. Na Mata Atlântica, da Paraíba ao sul da Bahia.
Ramphocelus bresilius dorsalis - Dorso de um vermelho mais escuro e estriado. Na Mata Atlântica, do Rio de Janeiro a Santa Catarina.

Ramphocelus bresilius bresilius

Ramphocelus bresilius dorsalis

Alimentação

O tiê-sangue é frugívoro, tendo predileção pelos frutos da embaúba. Como as árvores do gênero Cecropia são bastante comuns em áreas em recuperação, bem como em locais próximos a cursos ou reservas de água, o tiê-sangue, apesar de não raro ser vítima de contrabando, não encontra-se imediatamente ameaçado de extinção.
Alimenta-se também de insetos e vermes. Um fator que beneficiou a manutenção da população do tiê-sangue e de outros thraupídeos no litoral do Sudeste, foi o da extensiva cultura da banana, que fornece uma rica fonte de alimentação durante todo o ano, a um grande número de espécies.
Aprecia os frutos da fruta-de-sabiá ou marianeira (Acnistus arborescens)

tiê-sangue se alimentando

Reprodução

Reproduz na primavera e no verão. Chega à maturidade sexual aos 12 meses. Mas a soberba plumagem rubro-negra do macho só é adquirida no segundo ano de vida. Constrói o ninho em forma de cesto e muitas vezes é forrado com materiais do tipo: fibra de palmeira, fibra de sisal, fibra de côco e raiz de capim. A fêmea põe 2 ou 3 ovos verde-azulados lustrosos, com pintas pretas, pesando em média 3 gramas. Apenas a fêmea incuba, no entanto após o nascimento dos filhotes, vários indivíduos alimentam a prole, inclusive machos. Seus ninhos costumam ser parasitados pela espécie vira-bosta (Molothrus bonariensis). As posturas ocorrem de duas a três vezes por temporada com período de incubação de 13 dias, os filhotes tornam-se independentes aproximadamente 35 dias após o nascimento.
Durante o acasalamento os machos costumam levantar a cabeça verticalmente, exibindo ao máximo a base reluzente damandíbula para assim atrair a fêmea.

Casal de tiê-sangue

Ninho de tiê-sangue

Ovo de tiê-sangue

Filhote de tiê-sangue

Hábitos

Seu comportamento é semelhante ao da pipira-vermelha (Ramphocelus carbo), porém vive mais aos pares do que em pequenos grupos. Costuma freqüentar comedouros.
Varia de incomum a localmente comum em capoeiras baixas, bordas de florestas, restingas e plantações, às vezes também em parques e praças de cidades.

Bando de tiê-sangue

Distribuição Geográfica

Encontrado exclusivamente no Brasil, da Paraíba a Santa Catarina. Varia de incomum a localmente comum em capoeiras baixas, bordas de florestas, restingas e plantações, às vezes também em parques e praças de cidades. Pela ampla área de distribuição e quantidade de indivíduos registrados, essa espécie é considerada como Pouco Preocupante (LC) de extinção na natureza.

  Ocorrências registradas no WikiAves

Referências

  • Wikipédia. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ti%C3%AA-sangue. Acessado em: 02.03.2009
  • LIMA, Pedro. Aves do Litoral Norte da Bahia. 2006
  • SICK, H. 1997. Ornitologia brasileira. Rio de Janeiro, Ed. Nova Fronteira, 912 p.
  • FRISCH, Johan Dalgas. Aves brasileiras e plantas que as atraem 3ª ed.. Dalgas ecoltec, São Paulo, 2005, p.350.

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Bico de pimenta

  • Bico de pimenta 
  •  Ordem: PASSERIFORME
  • Subordem: OSCINE
  • Subfamilia: Cardinalinae
  • Gênero: Pitylus
  • Espécie: Pitylus fuliginosus
  • Nome comum: Bico de pimenta, pimentão pimentão, guaranista.ive nas matas. O macho e a fêmea são parecidos. Canto curto “drüit-wótju”, e chamado estridente “psiä”, “ksi”, “gsäa”. Existem variações regionais de canto de tal maneira que não reconhecer o canto de um bico-de-pimenta de outras regiões. Seguem bandos de outras aves como, por exemplo, do tietinga (Cissopis leveriana). Para impressionar as fêmea abrem as asas mostrando o branco embaixo delas. Ocorre de Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Argentina Paraguai.
  • Apresenta uma variação de cores negra azulada ou parda  acinzentada 

Saíra-sete-cores

A saíra-sete-cores é uma ave passeriforme da família Thraupidae. Também conhecida como Saíra-de-bando.

Características

Mede cerca de 13,5 cm de comprimento e pesa 18g. A fêmea é mais pálida e ao imaturo falta a cor viva do uropígio.

Alimentação

Frugívoro, aprecia os frutos de palmeiras, goiaba, mamão, ameixa e caju. Alimenta-se também de insetos. Costuma frequentar comedouros com frutas.

Reprodução

Atinge a maturidade sexual aos 12 meses. Faz um ninho tipo tigela, onde põe geralmente de 2 a 4 ovos, tendo de 2 a 3 ninhadas por estação. Os filhotes nascem após 15-17 dias.

Hábitos

Pode ser encontrada em todos os estratos da floresta atlântica e nas matas baixas do litoral, onde é muito frequente.

Bando de saíra-sete-cores

Distribuição Geográfica

Espécie bastante comum no sudeste brasileiro. Ocorre da Bahia e Minas Gerais ao Rio Grande do Sul.

  Ocorrências registradas no WikiAves

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